A PEDRA FUNDAMENTAL

Sai Baba

          Qual é exatamente a causa subjacente de todos os conflitos e confusões que hoje em dia afligem o mundo? As instituições que propiciam ensinamento triunfaram equipando o homem com habilidades fantásticas. Considerem o campo da engenharia atômica ou o da exploração e conquista espacial. O homem conseguiu proezas assombrosas. Porém na vida quotidiana atual, estas proezas não resultaram em paz, felicidade e harmonia. Castas, raças e classes se entrechocam com ódio incessante. Inclusive os estudantes e os jovens tem empreendido este caminho perigoso. Rapidamente está sendo perdido o controle da situação. Nas escolas e colégios o número de estudantes está crescendo velozmente. Proclamamos que a educação formal, que durante muito tempo foi privilégio de uns poucos eruditos e dos filhos dos ricos, se oferece agora diante das mesmas portas de todos os lares. Porém, aqueles que ampliam as instalações para a educação devem examinar até aonde se cumprem estes objetivos. 

         Nos alegramos quando vemos que em todos os países do mundo se estão construindo mais e mais escolas e colégios, sem nos darmos conta de que o que ocorre através deles, é a piora da doença da comunidade. Como resultado da educação inadequada e incompleta se incrementam o desassossego, o medo e a ansiedade. 

         A educação pode conceder paz e prosperidade somente quando, junto com as habilidades técnicas  e a informação objetiva, se dá aos estudantes ideais morais, vida justa e discernimento espiritual. Agora, o processo educativo não se compromete com estes valores. Inclusive trabalha contra eles. Não está disposto a enfatizar a vida justa e correta. Não prioriza a moralidade. Como conseqüência, os produtos deste processo,  que não têm sentido de valores, entram pouco a pouco em profissões e postos de autoridade na administração das nações, e com o tempo se elevam à níveis mais altos. Como resultado, o mundo chegou à beira do desastre. 

         Como pode ser considerado vitorioso um estudante que, ao finalizar o curso, bate na porta de escritórios exibindo o diploma que obteve, clamando como um mendigo que pede emprego? A educação lhe conferiu este papel lamentável. Pode argumentar que cumpriu com seu dever? Não. A pessoa instruída deve servir ao povo, através do suor e da lida. A educação tem que inspirar os jovens a oferecer serviço, a ter espírito de sacrifício e a ajudar. Não deve inspirá-los a acumular dinheiro como meta e a viajar para cada vez mais longe para ganhar mais e mais. Porque o dinheiro acumulado alimenta a arrogância e a arrogância traz com ela outros vícios. Atualmente as instituições educativas não instruem os alunos sobre esta base nem os inspiram para que ponham em prática estes ideais.

        Eles não fortalecem e sublimam a instrução material e secular em preparação moral e espiritual. Somente quando for feito isto o homem poderá caminhar em direção a Deus, Aquele que é a sua Realidade.